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sexta-feira, 11 de março de 2011

Discursos Poderosos Sobre o Real Propósito da Sociedade de Socorro

A Sociedade de Socorro



Presidente Boyd K. Packer
Presidente Interino do Quórum dos Doze Apóstolos

Irmãs, vocês devem parar de pensar que apenas assistem à Sociedade de Socorro e começar a sentir que pertencem a ela!

Meu propósito é dar total apoio à Sociedade de Socorro, encorajando todas as mulheres a entrar para essa organização e freqüentá-la, bem como incentivar os líderes do sacerdócio, em todos os níveis, a ajudá-la de tal modo que ela floresça.
A Sociedade de Socorro recebeu esse nome e foi organizada por profetas e apóstolos que agiam sob inspiração divina. Ela possui uma história ilustre e sempre ofereceu apoio e sustento aos necessitados.
O toque suave das mãos das irmãs curam e encorajam, ao passo que as mãos dos homens, embora bem intencionadas, nunca conseguem fazer o mesmo.
A Sociedade de Socorro inspira as mulheres e ensina-lhes a preencher a vida com as coisas de que necessitam: coisas "amáveis, de boa fama ou louváveis".1 A Primeira Presidência recomenda que as mulheres freqüentem essa organização "porque no trabalho da Sociedade de Socorro elas encontram valores intelectuais, culturais e espirituais que não encontram em nenhuma outra organização, valores esses suficientes para suprir todas as necessidades corriqueiras de seus membros".2
A Sociedade de Socorro ajuda as mães a criarem as filhas e a cultivar nos maridos, filhos e irmãos a cortesia e a coragem e, na verdade, todas as virtudes essenciais para fazer do homem uma pessoa digna. É tão benéfico para os homens e rapazes que a Sociedade de Socorro prospere quanto o é para as mulheres e moças.
Há alguns anos, a irmã Packer e eu estávamos na Tchecoslováquia, naquela época, atrás da Cortina de Ferro. Não era fácil conseguir vistos e tomávamos muito cuidado para não comprometer a segurança e bem-estar dos membros que por gerações haviam lutado para manter viva a sua fé sob inefáveis condições de opressão.
A reunião mais memorável de todas deu-se numa sala num segundo andar. As persianas estavam fechadas. Mesmo à noite, as pessoas chegavam em horários diferentes; cada uma vinha de um lugar para não chamar a atenção.
Doze irmãs freqüentavam as reuniões. Cantávamos hinos de Sião extraídos de hinários publicados há mais de cinqüenta anos! Só as letras, sem acompanhamento. A lição de Viver Espiritual, dada com reverência, era tirada de um manual escrito à mão. As poucas páginas de literatura da Igreja que podíamos conseguir para elas eram datilografadas à noite, doze cópias carbono por vez, a fim de compartilhar um pouco das preciosas páginas com o maior número possível de membros.
Eu disse àquelas irmãs que elas pertenciam à maior e, sem dúvida, à mais importante organização feminina da Terra. Citei o Profeta Joseph Smith quando ele e os Irmãos organizaram a Sociedade de Socorro, com as seguintes palavras:
"Agora viro a chave (a seu favor) ( . . . )."
Esta sociedade está organizada "de acordo com a natureza das mulheres ( . . . ) Vocês agora estão em posição de poder agir segundo a compaixão que possuem ( . . . ).
Se viverem (esses) privilégios, não se poderá impedir que os anjos as acompanhem ( . . . ).
Se as irmãs desta Sociedade obedecerem aos conselhos do Deus onipotente, dados por intermédio das autoridades da Igreja, elas terão poder para dar ordens às rainhas que houver em seu meio."3
O Espírito estava lá. A irmã que dirigia a reunião com reverência e brandura chorou abertamente.
Disse-lhes que quando voltasse aos E.U.A., eu tinha uma designação de falar na conferência da Sociedade de Socorro e perguntei-lhes se poderia transmitir alguma mensagem delas. Várias irmãs escreveram bilhetes; cada frase, sem exceção, foi escrita com intento de dar alguma coisa, não de pedir. Nunca esquecerei o que uma das irmãs escreveu: "Um pequeno círculo de irmãs envia seu amor e seus pensamentos a todas as irmãs e pede ao Senhor que nos ajude a seguir em frente".
As palavras círculo de irmãs inspiraram-me. Pude vê-las sentadas num círculo maior do que aquela sala, circundando o mundo. Tive a mesma visão que tiveram os apóstolos e profetas de antigamente. A Sociedade de Socorro é mais do que um círculo hoje; ela é como um tecido de renda envolvendo os continentes.
A Sociedade de Socorro trabalha sob a direção do Sacerdócio de Melquisedeque, pois "todas as outras autoridades ou ofícios da igreja são apêndices desse sacerdócio".4 Ela foi organizada "segundo o padrão do sacerdócio".5
Vocês, irmãs, podem ficar surpresas em saber que raramente, ou talvez nunca, se discutam as necessidades dos homens nas reuniões dos quóruns do sacerdócio. Eles certamente não estão preocupados com eles próprios. Os irmãos falam sobre o evangelho, o sacerdócio e a família!
Se as irmãs seguirem esse padrão, não ficarão preocupadas com as supostas necessidades das mulheres. Ao servirem sua família e sua organização, todas as necessidades serão atendidas, hoje e na eternidade; toda negligência será eliminada; cada injúria será corrigida, hoje e na eternidade.
Há muitas causas comunitárias que merecem nosso apoio. Algumas são falhas porque corroem aqueles valores essenciais à felicidade familiar. Não se envolvam em nenhuma causa que, na verdade, não preencha suas necessidades. Não se desviem do curso estabelecido pela presidência geral da Sociedade de Socorro. Seu propósito básico é o de ajudar a levar as mulheres e as famílias a Cristo.
Como presidente de missão, fui a uma conferência da Sociedade de Socorro da missão. Nossa presidente da Sociedade de Socorro, membro relativamente novo, falou algo sobre corrigir certas coisas. Algumas Sociedades de Socorro locais haviam-se desviado das orientações recebidas e ela, então, pediu que as irmãs procurassem se ater mais à direção dada pela presidência geral da Sociedade de Socorro.
Uma irmã na congregação levantou-se e disse com arrogância que elas não iriam seguir seu conselho porque consideravam-se uma exceção. Um tanto constrangida, a presidente virou-se para mim, buscando ajuda. Eu não sabia o que fazer. Eu não estava interessado em enfrentar uma mulher tão rebelde como aquela; por isso, fiz-lhe sinal que continuasse. Em seguida, veio a revelação!
Essa adorável presidente da Sociedade de Socorro, miúda e com uma leve deficiência física, disse com voz bondosa, porém firme: "Querida irmã, não gostaríamos de cuidar primeiro da exceção. Cuidaremos primeiro da regra, depois, veremos a exceção". As correções foram aceitas.
O conselho dessa irmã é bom para a Sociedade de Socorro, para o sacerdócio e para as famílias. Quando você cria uma regra e coloca a exceção na mesma frase, a exceção será aceita primeiro.
Os irmãos sabem que pertencem ao quórum do sacerdócio. Muitas irmãs, no entanto, pensam que a Sociedade de Socorro é só uma aula a que elas assistem.
O mesmo sentimento de pertencer à Sociedade de Socorro em vez de apenas assistir a uma aula deve ser colocado no coração de cada mulher. Irmãs, vocês devem parar de pensar que apenas assistem à Sociedade de Socorro e começar a sentir que pertencem a ela!
A despeito de todo o poder e autoridade que os homens possam ter e de toda a sabedoria e experiência que acumulem, a segurança da família, a integridade da doutrina, as ordenanças, os convênios e, na verdade, o futuro da Igreja, são também responsabilidade das mulheres. As defesas do lar e da família são muito mais reforçadas quando a esposa, a mãe e as filhas pertencem à Sociedade de Socorro.
Nenhum homem recebe a plenitude do evangelho sem uma mulher a seu lado, pois, nenhum homem, disse o Profeta, pode conseguir a plenitude do sacerdócio sem o templo do Senhor.6 E ela está lá, ao lado dele, naquele local sagrado. Ela compartilha de tudo o que ele recebe. O homem e a mulher recebem individualmente as ordenanças pertencentes à investidura; mas o homem não pode receber as ordenanças mais elevadas, as ordenanças de selamento, sem a mulher a seu lado. Nenhum homem atinge a posição de exaltação divina de uma paternidade digna a não ser pela dádiva de sua esposa.
No lar e na Igreja, as irmãs devem ser estimadas por sua própria natureza. Tomem cuidado ou vocês poderão inadvertidamente fomentar influências e atividades que procuram eliminar as diferenças femininas e masculinas que a natureza criou. Um homem ou um pai pode fazer muito do que normalmente é tido como trabalho da mulher. Por sua vez, uma mulher ou mãe, em época de necessidade, pode fazer muita coisa, a maioria delas normalmente consideradas de responsabilidade do homem, sem colocar em risco seus papéis distintos. Ainda assim, os líderes, especialmente os pais, devem reconhecer que existe uma distinção entre a natureza masculina e a feminina essencial para o estabelecimento do lar e da família. Quaisquer distúrbios, fraquezas ou inclinações que eliminem essas diferenças destroem a família e reduzem as probabilidades de felicidade para todos os envolvidos.
Há uma diferença no modo como funciona o sacerdócio no lar comparado com a maneira pela qual ele atua na Igreja. Na Igreja, servimos mediante um chamado. No lar, servimos por escolha. Um chamado na Igreja geralmente é temporário e, depois, somos desobrigados. Nosso papel no lar e na família, que é baseado em escolhas, é para sempre.
Na Igreja existe uma linha distinta de autoridade. Servimos onde formos chamados por aqueles que nos presidem.
No lar há uma parceria entre o marido e a mulher, e o jugo entre eles é igual, as decisões são tomadas em conjunto e eles sempre trabalham unidos. Enquanto o marido, o pai, tem a responsabilidade de liderar com dignidade e inspiração, sua esposa não fica atrás dele, nem à frente, mas a seu lado.
As presidências da Sociedade de Socorro, das Moças e da Primária são todas membros da ala e dos conselhos de estaca, e a unidade que elas possuem vem da Sociedade de Socorro. Se os líderes ignorarem as contribuições e influência dessas irmãs, tanto nas reuniões de conselho como em casa, o trabalho do sacerdócio será limitado e fraco.
Nem os irmãos, agindo como quórum do sacerdócio, nem essas irmãs que se assentam em conselhos, jamais devem perder, nem por um minuto, a perspectiva do papel do lar.
Para atender às necessidades de um número cada vez maior de famílias desestruturadas, a Igreja tenta influenciar e oferecer atividades que compensem o que está faltando nesses lares.
Os líderes do sacerdócio e das auxiliares, especialmente os pais, devem usar de sabedoria e inspiração para garantir que essas atividades, tanto para líderes como para membros, não exijam muito tempo e dinheiro. Se isso acontecer, sobrará muito pouco tempo e dinheiro para os pais e será difícil para eles influenciar seus próprios filhos. Tenham muito cuidado para apoiar e não para substituir o lar.
Na época atual, em que os pais se sentem sobrecarregados e não conseguem dar conta de tudo, eles devem julgar com sabedoria e inspiração até que ponto sua família deve ter atividades, as mais variadas, fora de casa. Os líderes do sacerdócio, reunidos em conselho, devem prestar muita atenção ao que as irmãs e mães dizem a esse respeito.
As Sociedades de Socorro fortes exercem uma grande influência sobre as irmãs, protegendo e curando mães e filhas, irmãs solteiras, mães sozinhas, irmãs idosas e enfermas.
Vocês, irmãs, que foram chamadas para servir na Primária ou nas Moças podem perder as aulas da Sociedade de Socorro, mas não a sociedade em si; vocês pertencem a ela. Muitos irmãos servem no Sacerdócio Aarônico e perdem as reuniões do seu próprio quórum. Não se sintam rejeitadas; nunca reclamem desse serviço abnegado.
Vimos quando nossos filhos, e agora nossos netos, foram estudar ou trabalhar em outros lugares, longe da família. Eles têm um ou dois filhos pequenos e praticamente nada de bens materiais para estabelecer um lar.
Que consolo saber que, não importa onde estejam, a família da Igreja espera por eles. Desde o dia em que chegam a esse novo local, eles passarão a fazer parte de um quórum do sacerdócio e uma Sociedade de Socorro. Lá ela encontrará uma avó, uma pessoa para quem poderá telefonar em vez de à sua mãe, quando o prato que estiver cozinhando não estiver dando certo, ou com quem poderá aconselhar-se para saber se uma criança irrequieta está realmente doente. Ela encontrará a mão firme e sábia de avós substitutos. Eles dirão palavras de consolo quando a saudade de casa persistir por muito tempo. A jovem família encontrará segurança: o marido nos quóruns, a esposa na Sociedade de Socorro. Ambos tendo como propósito definitivo garantir que a família seja eterna.
Canta-se este hino na Sociedade de Socorro:

Irmãs em Sião, sempre unidas seremos
Que Deus nos bendiga em nosso labor
Na Terra seu Reino nós construiremos
Seus filhos servindo com eterno amor

Missão qual dos anjos a nós hoje é dada
E, sendo mulheres, é nosso esse dom:
Servir com ternura na obra sagrada
Fazendo o que é nobre, amável e bom.

Que santo propósito, obra bendita:
Consolo aos aflitos e pobres levar.
Confiemos no Espírito, luz infinita,
Que força e saber há de sempre nos dar.7

Termino como comecei: Meu propósito é dar total apoio à Sociedade de Socorro e prestar testemunho de que Jesus é o Cristo, que foi por intermédio da inspiração que ela foi organizada e invocar uma bênção sobre as irmãs que pertencem a essa organização. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
NOTAS
1. Articles of Faith 1:13.
2. A Centenary of Relief Society, 1942, p.7.
3. History of the Church, 4:607,605.
4. D&C 107:5
5. Sarah M. Kimball, "Autobiografia", Woman's Exponent, primeiro de setembro de 1883, p. 51.
6. Ver D&C 131:1¬3.
7. Emily H. Woodmansee, Irmãs em Sião, Hinos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, nº 200.


Venham para a Sociedade de Socorro



Irmã Virginia U. Jensen
Primeira Conselheira na Presidência Geral da Sociedade de Socorro

Não importa de onde venha, quais sejam suas fraquezas, qual seja sua aparência. Seu lugar é aqui! O Senhor as ama, cada uma de vocês, individual e coletivamente.

Na última conferência geral de abril, como presidência da Sociedade de Socorro, regozijamo-nos quando o Presidente Boyd K. Packer subiu a este púlpito e disse: "Meu propósito é dar total apoio à Sociedade de Socorro, encorajando todas as mulheres a entrar para essa organização e freqüentá-la, bem como incentivar os líderes do sacerdócio, em todos os níveis, a ajudá-la de tal modo que ela floresça"1.
Irmãs, esse também é o meu propósito nesta noite. A Presidente Mary Ellen Smoot falou-nos a respeito de convites. Eu tenho um convite para vocês: Venham para a Sociedade de Socorro!
A Sociedade de Socorro foi organizada pela autoridade do sacerdócio e é dirigida hoje em dia por essa mesma autoridade. O Profeta Joseph Smith disse a respeito do sacerdócio: "É a autoridade eterna de Deus, por meio da qual o universo foi criado e é governado, as estrelas vieram a existir"2. Falando especificamente às mulheres da Igreja, o Presidente George Albert Smith disse referindo-se à Sociedade de Socorro: "Foi Deus quem a concedeu a vocês, como resultado da revelação dada a um profeta do Senhor"3. De que modo devemos encarar uma organização que foi criada por meio dessa autoridade profética do sacerdócio? Como líderes da Sociedade de Socorro, servimos como auxiliares do sacerdócio para ajudar a conduzir as mulheres e suas famílias a Cristo.
O que existe na Sociedade de Socorro que nos leva a "entrar para essa organização e freqüentá-la", conforme declarou o Presidente Packer?
Na Sociedade de Socorro existem programas para ajudar-nos, como mulheres, a encontrar significado e propósito na vida, tanto para nós mesmas quanto para nossa família. De acordo com o Presidente Spencer W. Kimball: "Não há maior e mais glorioso conjunto de promessas dadas às mulheres do que as que são recebidas por meio do evangelho e da Igreja de Jesus Cristo"4. Esta é uma época em que tudo o que vemos na sociedade, nas mulheres e em suas famílias encontra-se em crise. O índice de casamentos desfeitos está crescendo de maneira alarmante. Um número excessivamente grande de crianças está sendo vítima de maus-tratos e negligência. As mulheres lutam para ouvir a verdadeira voz de retidão em meio a uma multidão de vozes que as instigam persuasivamente a buscar o que for mais prático ou mais politicamente correto. Muitas dentre as nossas quatro milhões e duzentas mil irmãs da Sociedade de Socorro estão passando por sofrimento e confusão. Será que nos damos conta do que possuímos, irmãs? Será que compreendemos quem realmente somos? Será que nos damos conta de que dentro da organização da Sociedade de Socorro contamos com todos os instrumentos e recursos necessários para consolar a alma individual ou para curar um mundo cheio de problemas?
O principal objetivo da Sociedade de Socorro é edificar a fé em Jesus Cristo e dar-nos a oportunidade de ensinarmos umas às outras as doutrinas do reino de Deus. Por meio das lições, atividades e experiências compartilhadas na Sociedade de Socorro, vocês podem adquirir um testemunho ou fortalecer o testemunho que já possuem. No fim de tudo, essa pode ser a coisa mais importante que fazemos na Sociedade de Socorro, pois a força espiritual e o firme testemunho das mulheres da Igreja são absolutamente essenciais -- para elas mesmas, para sua família, para seus ramos e alas e para o próprio mundo.
O segundo objetivo da Sociedade de Socorro é ajudar cada irmã a compreender que ela é uma amada filha espiritual do Pai Celestial e que, por esse motivo, possui uma natureza e um destino divinos, inclusive a mais maravilhosa de todas as possibilidades: A vida eterna na presença de Deus como Sua herdeira. Citando novamente o Presidente Kimball: "Onde mais podemos aprender quem realmente somos? Onde mais podemos ouvir as explicações e a confirmação necessárias a respeito da natureza da vida? Em que outra fonte podemos aprender a respeito de nossa identidade e individualidade?"5
Quando compreendermos plenamente que somos filhas de Deus, com direitos e privilégios que se estendem por toda a eternidade -- que temos direito às bênçãos de Deus, dependendo de nossa fidelidade -- então encararemos o mundo, o lugar que ocupamos nele e nossa responsabilidade para com ele de maneira totalmente diferente. Ouçam o que o Presidente Gordon B. Hinckley tem a nos dizer: "Saibam que vocês são filhas de Deus, com uma herança divina. Sejam confiantes em tudo o que fizerem, sabendo que são amadas e honradas, que fazem parte do reino Dele e que têm um grande trabalho para fazer que não pode ser feito por ninguém mais"6.
A que trabalho o Presidente Hinckley se refere -- um trabalho que "não pode ser feito por ninguém mais"? A resposta, como devem saber, está na Sociedade de Socorro. O terceiro objetivo da Sociedade de Socorro afirma que cada irmã é incentivada a estender a mão e servir as pessoas de sua família, ala e comunidade. Como irmãs, temos a capacidade e a responsabilidade de ajudar-nos umas às outras a andar na luz do Senhor. Não importa onde vivamos ou qual seja a nossa idade, nacionalidade, estado civil ou chamado na Igreja, sempre haverá pessoas a nossa volta que precisam de nosso amor e serviço.
Todas conhecemos a vida e a obra da falecida Madre Teresa, que passou a maior parte da vida trabalhando entre os pobres e necessitados, fazendo muito para aliviar-lhes o sofrimento e a tristeza. Certa vez, quando estava na Austrália, ela ofereceu-se para limpar a cabana de um aborígene solitário. Em sua cabana havia uma lamparina bonita mas apagada. Quando ela perguntou por que ele não acendia a lamparina, o homem respondeu: "Ninguém vem aqui". Ela prometeu que se ele acendesse a lamparina, ela providenciaria para que as irmãs de caridade o visitassem. Mais tarde, o homem enviou o seguinte recado à Madre Teresa: "Digam à minha amiga que a luz que ela acendeu em minha vida ainda está brilhando"7.
Como irmãs da Sociedade de Socorro podemos levar a luz para a vida daqueles a quem servimos, juntamente com os pães que assamos e a comida que dividimos. Podemos dar esperança, podemos elevar e inspirar. Podemos ensinar a respeito de Cristo e ajudar outras pessoas a encontrarem a paz e o consolo em Sua luz. Como mulheres, temos a tendência natural de amar e nutrir. As mulheres ensinam as crianças, apóiam os amigos, incentivam o marido e animam os desanimados. As mulheres dão vida e nutrem. Todas temos algo para dar, algo para compartilhar e alguém a quem servir. Como segunda presidente da Sociedade de Socorro, Eliza R. Snow declarou: "Não existe uma irmã que seja tão isolada ( . . . ) e cuja esfera de influência seja tão pequena que não possa fazer muito pelo estabelecimento do reino de Deus na Terra"8.
O quarto objetivo da Sociedade de Socorro é fortalecer e proteger a família. Será que houve outra época em toda a história da humanidade em que esse fortalecimento e proteção fossem tão desesperadamente necessários? Creio sinceramente que a mais expressiva proteção contra a situação decadente da família seja uma mãe fiel e justa. Em 1993, o Presidente Hinckley disse: "Quero lembrar às mães de todo o mundo a santidade de seu chamado. Nenhuma outra pessoa é capaz de tomar o seu lugar de modo adequado. Nenhuma responsabilidade é maior, nenhuma obrigação mais imperativa do que a que vocês têm de criar com amor, paz e integridade aqueles que trouxeram ao mundo"9.
Como presidência geral da Sociedade de Socorro, afirmamos novamente que a maternidade é o trabalho mais nobre que a mulher pode realizar. Ao fazê-lo, contudo, lembramos que existem muitas dentre as mais devotadas mulheres da Igreja que ainda não tiveram a oportunidade de passar pessoalmente pela experiência da maternidade. Para elas, as palavras do Élder Dallin H. Oaks proporcionam entendimento: "Sabemos que muitos santos dos últimos dias dignos e maravilhosos não têm atualmente as oportunidades ideais e os requisitos essenciais para seu progresso: pessoas solteiras, sem filhos, ou que viram a morte ou o divórcio frustrarem seus ideais e adiarem o cumprimento das bênçãos prometidas. Além disso, algumas mulheres que desejariam ser mães e donas-de-casa de tempo integral foram literalmente forçadas a assumir um emprego de tempo integral. Mas tais frustrações são apenas temporárias. O Senhor prometeu que na eternidade nenhuma bênção será negada a seus filhos que guardam os mandamentos, são fiéis a seus convênios e desejam fazer o que é certo"10.
Nosso quinto objetivo é ajudar cada irmã a sentir-se necessária, acolhida, valorizada e amada.
Na Sociedade de Socorro compartilhamos o amor que sentimos umas pelas outras e por nosso Pai Celestial. Uma irmã expressou recentemente seus sentimentos a respeito de fazer parte da Sociedade de Socorro, dizendo: "Senti a maravilhosa sensação de sermos irmãs e mulheres, mas também existe uma força sanadora [na Sociedade de Socorro] que não encontrei em nenhum outro lugar no mundo".
Todas são bem-vindas à Sociedade de Socorro. Não existe somente um tipo de mulher da Igreja aceitável na Sociedade de Socorro. Não importa de onde venha, quais sejam suas fraquezas, qual seja sua aparência. Seu lugar é aqui! O Senhor as ama, cada uma de vocês, individual e coletivamente. Não somos mulheres comuns. Somos mulheres do convênio, mulheres que reconheceram a verdade, aceitaram o evangelho de Jesus Cristo e fizeram convênios com o Senhor de segui-Lo e fazer Sua vontade. Ele precisa de nós -- de cada uma de nós -- para fazermos nossa parte no trabalho de levar a efeito a Sua grandiosa obra entre os filhos dos homens. Precisamos da Sociedade de Socorro, e ela precisa de nós.
Nosso sexto objetivo é ajudar cada irmã a compreender a importância de apoiar o sacerdócio, bem como as bênçãos decorrentes de fazer e cumprir os sagrados convênios do templo. No templo fazemos convênios eternos com nosso Pai Celestial. Fazemos promessas a Ele, e em troca Ele faz-nos promessas extraordinárias. Da próxima vez em que forem ao templo, seja por vocês mesmas ou por seus antepassados falecidos, prestem bastante atenção às promessas que Deus faz a vocês, Suas filhas. Em toda parte do templo, as paredes sagradas da casa de Deus estão repletas de convênios reconfortantes, que são confirmações pessoais e íntimas de Seu eterno amor.
Na seção 115 de Doutrina e Convênios somos admoestadas da seguinte forma: "Erguei-vos e brilhai, para que vossa luz seja um estandarte para as nações. E para que a reunião na terra de Sião e em suas estacas seja uma defesa e um refúgio contra a tempestade"11. Irmãs, ao estudarmos os programas da Sociedade de Socorro, façamos com que sejam uma defesa e um refúgio contra a tempestade, para nós e para outras pessoas. Como disse o Presidente Packer: "As Sociedades de Socorro fortes exercem uma grande influência sobre as irmãs, protegendo e curando mães e filhas, irmãs solteiras, mães sozinhas, irmãs idosas e enfermas"12.
Testifico-lhes que a Sociedade de Socorro é uma organização de origem divina. Convidamos todas para a Sociedade de Socorro. Permitam que ela abençoe sua vida, como o Pai Celestial espera que faça. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
NOTAS
1. "A Sociedade de Socorro", A Liahona, julho de 1998, p. 79.
2. Citado por James E. Faust, "Keeping Covenants and Honoring the Priesthood", Ensign, novembro de 1993, p. 37.
3. "Address to Members of the Relief Society", The Relief Society Magazine, dezembro de 1945, p. 717.
4. My Beloved Sisters, 1979, p. 43.
5. My Beloved Sisters, p. 43.
6. "Live Up to Your Inheritance", Ensign, novembro de 1983, p. 84.
7. Ver My Life For the Poor -- Mother Teresa of Calcutta, José Luis Gonzáles-Balado e Janet N. Playfoot (org), 1985, 76.
8. Woman's Exponent, 15 de setembro de 1873, p. 62.
9. "Bring Up a Child in the Way He Should Go", Ensign, novembro de 1993, p. 60.
10. "The Great Plan of Happiness", Ensign, novembro de 1993, p. 75.
11. D&C 115:5¬6.
12. A Liahona, julho de 1998, p. 82.


Cumprir o Propósito da Sociedade de Socorro


Julie B. Beck
Presidente Geral da Sociedade de Socorro
A Sociedade de Socorro foi criada pelo Senhor para organizar, ensinar e inspirar Suas filhas a prepararem-se para as bênçãos da vida eterna.


Queridas irmãs, que bela visão são vocês, e que gratidão sentimos por estarmos aqui hoje! Temos profundo amor e apreço por todas vocês.
Como presidência geral da Sociedade de Socorro, tivemos no ano passado a oportunidade de visitá-las no mundo inteiro. Conversamos com vocês na Alemanha, Dinamarca, Austrália e em Gana. Oramos com vocês em Cingapura, Hong Kong, Índia e no Sri Lanka. Fomos inspiradas e edificadas com vocês no Brasil, no Chile, em Porto Rico, no Canadá e nos Estados Unidos.
Regozijamo-nos em saber que vocês estão “fazendo o bem” como fez o Salvador. Estão realizando um trabalho magnífico. Mas devemos dizer-lhes que há mais a ser feito. Buscamos a inspiração do Senhor para saber como ajudar o sacerdócio na edificação do reino de Deus na Terra. Mais do que nunca, é hora de a Sociedade de Socorro cumprir seu propósito. Para seguir adiante e realizar o que o Senhor deseja, precisamos compreender claramente o propósito da Sociedade de Socorro.
Começarei revendo parte da história da Sociedade de Socorro para explicar por que ela foi criada. Depois, explicarei três responsabilidades que todas as irmãs da Sociedade de Socorro têm em comum. Por fim, explicarei como o Senhor espera que cumpramos o encargo divino que recebemos, tanto individualmente quanto como organização.
I. Por que a Sociedade de Socorro Foi Criada
É impossível compreender a razão de termos uma organização de mulheres na Igreja sem que entendamos a Restauração do evangelho de Jesus Cristo. O Senhor, conhecendo as calamidades que estavam prestes a acontecer nestes últimos dias, falou a Seu servo, Joseph Smith Jr., e deu-lhe “mandamentos (…) para que a fé (…) [aumentasse] na Terra; para que o [Seu] eterno convênio [fosse] estabelecido (…) [e] para que a plenitude do [Seu] evangelho [fosse] proclamada pelos fracos e pelos simples aos confins da Terra”.1
A obra do Senhor é cumprida à medida que Seu evangelho é “pregado a toda nação e tribo e língua e povo”2 e que Seu convênio eterno é estabelecido por meio das ordenanças do templo.
Assim como o Salvador convidou Maria e Marta, na época do Novo Testamento3, a participarem de Sua obra, as mulheres desta dispensação têm o encargo oficial de participar da obra do Senhor. Desde o início da Restauração, as mulheres foram ativas na edificação da Igreja, apoiando o trabalho missionário, contribuindo para a construção de templos e estabelecendo comunidades nas quais os santos pudessem adorar juntos. A organização da Sociedade de Socorro, em 1842, mobilizou a força conjunta das mulheres e seu encargo específico de edificar o reino do Senhor, da mesma forma que a organização dos quóruns do sacerdócio deu responsabilidades específicas aos homens.
Desde sua organização, a Sociedade de Socorro se espalhou pelo mundo inteiro e foi chamada de “a maior e, em todos os sentidos, a melhor organização de mulheres da Terra”.4 Sabemos, por intermédio do Profeta Joseph Smith, que a Sociedade de Socorro fazia formalmente parte da Restauração e que existia uma organização semelhante de mulheres na Igreja, na antiguidade.5 O Presidente Joseph F. Smith ensinou que a Sociedade de Socorro foi organizada “por Deus, autorizada por Deus, instituída por Deus e ordenada por Deus”6, “de acordo com a lei do céu”7, para ajudar o Senhor a “levar a efeito a (…) vida eterna do homem”.8
Por meio da Sociedade de Socorro, as mulheres têm um papel oficial na Igreja, com grandes responsabilidades, “inclusive o trabalho no templo e o ensino do Evangelho”.9 Além disso, a Sociedade de Socorro deve ajudar as mulheres a “plantar e cultivar (…) um testemunho de [Jesus Cristo] e do evangelho”10, “fortalecer a família e o lar”11 e “[cumprir] todas as obrigações familiares”.12 Ela tem a responsabilidade de cuidar das “necessidades dos pobres, doentes e carentes”, mas o Presidente Joseph F. Smith disse que a maior parte de seu trabalho “é cuidar do bem-estar e da salvação (…) de todos os membros do sexo feminino da Igreja”.13
Em resumo, o propósito da Sociedade de Socorro, conforme determinado pelo Senhor, é o de organizar, ensinar e inspirar Suas filhas a prepararem-se para as bênçãos da vida eterna. Quero repetir isso. O propósito da Sociedade de Socorro, conforme determinado pelo Senhor, é o de organizar, ensinar e inspirar Suas filhas a prepararem-se para as bênçãos da vida eterna.
II. Nossas Responsabilidades
Para cumprir o propósito da Sociedade de Socorro, o Senhor encarregou cada irmã da Sociedade de Socorro e a organização como um todo de:
1. Aumentar a fé e a retidão pessoal.
2. Fortalecer as famílias e os lares.
3. Servir ao Senhor e aos Seus filhos.
Cada uma dessas responsabilidades apóia e reforça as outras duas. Quando aumentamos nossa fé, o resultado desse esforço fortalece nossa família. Quando servimos ao Senhor e aos Seus filhos, nossa fé e capacidade de retidão aumentam. As três responsabilidades estão inseparavelmente ligadas. Vamos começar pela primeira responsabilidade.
1. Aumentar a fé e a retidão pessoal. Para fazermos nossa parte no plano do Senhor, temos que aumentar nossa fé e retidão pessoal. Nossa condição de membros da Igreja exige fé, que nutrimos por toda a vida com grande “diligência e paciência e longanimidade”.14 No legado comum que compartilhamos, temos exemplos notáveis de fé que nos foram deixados pelas primeiras mulheres da Igreja. As primeiras pioneiras foram expulsas de seu lar e perseguidas por causa de sua fé. Outras sobreviveram a incêndios e inundações. Cruzaram oceanos e caminharam milhares de quilômetros, suportaram a sujeira e as doenças e quase morreram de fome para edificar o reino de Deus na Terra. Muitas delas sepultaram o marido, os filhos, os pais e irmãos ao longo do caminho. Por que fizeram isso? Fizeram porque a chama da fé ardia em sua alma. Aquelas mulheres extraordinárias não buscavam roupas finas, conforto, grandes mansões terrenas ou mais posses. Como vocês, elas tinham uma convicção e um testemunho de que o evangelho restaurado de Jesus Cristo era verdadeiro e que o Senhor precisava de que fizessem sua parte no estabelecimento de Seu reino na Terra. Sua busca de retidão pessoal traduzia-se no empenho diário de tornarem-se mais semelhantes ao Salvador, por meio do arrependimento, do estudo das escrituras, da oração, da obediência aos mandamentos, procurando toda coisa “virtuosa, amável, de boa fama ou louvável”.15
2. Fortalecer as famílias e os lares. Nossa segunda responsabilidade é fortalecer as famílias e o lares. No mundo inteiro, a família está sendo atacada e enfraquecida por práticas corruptas e ensinamentos falsos. Portanto, quer sejamos casadas ou solteiras, jovens ou idosas, temos o dever de defender e praticar as verdades que se encontram em “A Família: Proclamação ao Mundo”.
A Primeira Presidência aconselhou: “Por mais dignas e adequadas que sejam outras obrigações ou atividades, não podemos permitir que tomem o lugar dos deveres que nos foram atribuídos por Deus e que só os pais e a família podem desempenhar adequadamente”.16 As crianças que nascem hoje estão crescendo num mundo cada vez mais pecaminoso. Nosso lar precisa ser seu refúgio do contato diário que têm com o mal.
A Sociedade de Socorro deve ser organizada, preparada e mobilizada para fortalecer a família e ajudar o lar a ser um santuário sagrado no mundo. Aprendi isso há vários anos, quando era recém-casada. Meus pais, que eram meus vizinhos, anunciaram que se mudariam para outra parte do mundo. Eu contava com o amparo e o exemplo sábio e encorajador de minha mãe. Mas ela ficaria longe por muito tempo. Isso foi antes de existirem e-mails, aparelhos de fax, telefones celulares e webcams, numa época em que as cartas demoravam muito para chegar. Na véspera de sua partida, sentei-me com ela, chorando, e perguntei: “Quem será minha mãe?” Ela refletiu cuidadosamente e, com o Espírito e o poder da revelação que mulheres como ela recebem, disse: “Se eu nunca voltar, se você nunca mais me vir, se eu nunca mais puder ensinar-lhe outra coisa, apegue-se à Sociedade de Socorro. A Sociedade de Socorro será sua mãe”.
Minha mãe sabia que, se eu ficasse doente, as irmãs cuidariam de mim e que, quando eu tivesse meus bebês, elas me ajudariam. Mas a maior esperança da minha mãe era a de que as irmãs da Sociedade de Socorro seriam líderes vigorosas e espirituais para mim. Comecei, desde aquela época, a aprender muito com mulheres de grande estatura espiritual e fé.
Três mulheres ocuparam o chamado de presidente da Sociedade de Socorro das minhas alas, enquanto meus pais moraram longe. Alta Chamberlain me convidou a dar aulas de administração do tempo e organização do lar para as outras irmãs, talvez porque tivesse notado que eu precisava melhorar essas aptidões. Jeanne Horne me incentivou a terminar meu primeiro estudo pessoal sério do Livro de Mórmon. Recebi de Norma Healey meus primeiros cargos na fábrica de enlatados, e ela me ensinou muito sobre o serviço. Aquelas mulheres maravilhosas compreendiam o propósito da Sociedade de Socorro.
3. Servir ao Senhor e aos Seus filhos. A terceira responsabilidade de todas as mulheres da Igreja é a de servir ao Senhor e aos Seus filhos. É interessante notar que, nos primeiros anos em que minha mãe esteve distante, servi como presidente da Primária da ala, e mais tarde como presidente das Moças da ala. Fui membro do conselho da ala, trabalhando sob a direção do bispado. O Presidente Boyd K. Packer ensinou que “assim como [o serviço de muitos irmãos do Sacerdócio Aarônico] fortalece o Sacerdócio Maior, (…) prestar esse serviço abnegado [nas Moças e na Primária] é demonstrar devoção à Sociedade de Socorro”.17 Quando servimos em outra auxiliar, não somos desobrigadas da irmandade da Sociedade de Socorro. Como não entramos na Sociedade de Socorro nem saímos dela, estamos sempre ligadas ao seu propósito e a suas responsabilidades, tendo a bênção de sempre poder deixar nosso exemplo para os filhos de nosso Pai e de apascentá-los com fé.
A Sociedade de Socorro tem entre seus encargos algumas das mais extraordinárias oportunidades de serviço deste mundo à disposição de todas as irmãs. Em minhas viagens por todo o mundo, vi que milhares e milhares de vocês que não têm atualmente marido ou filhos, são um reservatório incrível de fé, talentos e dedicação. Ninguém está em melhor situação do que vocês para realizar o trabalho do templo, servir em uma missão, ensinar a nova geração e ajudar os que são oprimidos. O Senhor precisa de vocês.
Também me maravilhei com a juventude e energia de vocês que estão saindo do programa das Moças e passando a fazer parte da Sociedade de Socorro. Vi que vocês têm grande anseio no coração de fazer algo de bom neste mundo. Freqüentemente imagino o que poderia acontecer com o trabalho de história da família, por exemplo, se vocês compartilhassem suas habilidades técnicas com as irmãs mais velhas como eu! Simplesmente não podemos dar-nos ao luxo de desperdiçar seu vigor jovem e dinâmico sugerindo que fiquem quietas, vendo mulheres mais velhas e experientes fazerem todo o planejamento, a organização e o trabalho da Sociedade de Socorro.
III. Cumprir o Propósito
Podemos fazer o trabalho do Senhor à maneira Dele quando buscamos, recebemos e seguimos a revelação pessoal. Sem revelação pessoal, não podemos ter sucesso. Se dermos ouvidos à revelação pessoal, não há como fracassarmos. O profeta Néfi ensinou que o Espírito Santo “vos mostrará todas as coisas que deveis fazer”.18 Foi profetizado que nos últimos dias o Senhor derramaria Seu Espírito sobre Suas jovens.19 Isso acontecerá, se nos permitirmos ficar suficientemente quietas e serenas para ouvir a voz do Espírito. O Élder Neal A. Maxwell ensinou que receber revelação para nosso chamado e em nossa vida pessoal “exige um árduo esforço mental de nossa parte. (…) A revelação não acontece apertando botões, mas esforçando-nos, freqüentemente com o auxílio do jejum, do estudo das escrituras e da reflexão pessoal.
Acima de tudo, a revelação exige que tenhamos um nível suficientemente elevado de dignidade pessoal, portanto, de vez em quando, a revelação pode chegar ao justo sem que tenha sido solicitada”.20
IV. Conclusão
O Presidente Spencer W. Kimball declarou, há vários anos, que “há um grande poder nessa organização que ainda não foi plenamente exercido para fortalecer os lares de Sião e edificar o Reino de Deus — nem há de ser até que as irmãs e o sacerdócio compreendam realmente o que é a Sociedade de Socorro”.21 A Sociedade de Socorro foi criada pelo Senhor para organizar, ensinar e inspirar Suas filhas a prepararem-se para as bênçãos da vida eterna. Nosso objetivo é apoiar as mulheres da Igreja em suas responsabilidades individuais, garantindo que todas as reuniões, lições e atividades que realizarmos as ajudem a aumentar sua fé e retidão pessoal, fortalecer sua família e seu lar, e servir ao Senhor e aos Seus filhos.
A única maneira pela qual podemos realizar isso é buscando, recebendo e seguindo a revelação pessoal. O verdadeiro poder dessa grande irmandade mundial está em cada mulher. Embora talvez nos consideremos fracas e incapazes, todas compartilhamos um nobre legado e podemos desenvolver uma fé igual à das mulheres notáveis e fiéis que nos antecederam. Temos um papel vital a desempenhar na edificação do reino de Deus e na preparação para a vinda do Senhor. Na verdade, o Senhor não pode realizar Sua obra sem a ajuda de Suas filhas. Por esse motivo, o Senhor espera que aumentemos nossa oferta. Ele espera que cumpramos como nunca o propósito da Sociedade de Socorro. Sinto-me grata por poder prestar testemunho da veracidade do evangelho restaurado de Jesus Cristo e de que temos hoje um profeta vivo que lidera Sua obra. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Notas
1. D&C 1:17, 21–23.
2. D&C 133:37.
3. Ver Lucas 10:38–42.
4. Boyd K. Packer, “The Circle of Sisters”,Ensign, novembro de 1980, p. 109.
5. Ver Eliza R. Snow, “Female Relief Society”, Deseret News, 22 de abril de 1868, p. 1.
6. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja — Joseph F. Smith (curso de estudos do Sacerdócio de Melquisedeque e da Sociedade de Socorro, 1998), p. 184.
7. D&C 102:4.
8. Moisés 1:39.
9. Dallin H. Oaks, “O Sacerdócio e as Auxiliares”, Reunião Mundial de Treinamento de Liderança, 10 de janeiro de 2004, p. 17.
10. A Primeira Presidência,“Memorandum of Suggestions”, 29 de março de 1940, p. 2.
11. Reunião Mundial de Treinamento de Liderança, 10 de janeiro de 2004, p. 18.
12. D&C 20:47; ver também versículo 51.
13. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 185.
14. Alma 32:43.
15. Regras de Fé 1:13.
16. Carta da Primeira Presidência, 11 de fevereiro de 1999.
17. Ensign, novembro de 1980, p. 110.
18. 2 Néfi 32:5.
19. Ver Joel 2:29.
20. Neal A. Maxwell, “Revelação”, Reunião Mundial de Treinamento de Liderança, 11 de janeiro de 2003, p. 4.
21. Spencer W. Kimball, “Relief Society—Its Promise and Potential”, Ensign, março de 1976, p. 4.

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